Treino Cognitivo

A reabilitação neuropsicológica cognitiva tem como objetivo adaptar o indivíduo ao seu ambiente. Os modelos e estratégias para o programa de reabilitação das funções cognitivas são definidos através dos prejuízos específicos e de demandas ambientais, como relacionar a idade, a profissão, o tipo de acometimento cerebral, os vínculos e as responsabilidades do paciente (Andrade et all., 2004).

Ela prima pela autonomia do paciente. Importante lembrar que anteriormente a reabilitação é necessária uma avaliação prévia enfatizando a compreensão de “como e porque” a pessoa falha em seu desempenho, as demandas do ambiente em que ele vive e os conhecimentos dos seus recursos preservados para a implementação de estratégias compensatórias.

A maioria das funções cognitivas declinam com a idade. Com o passar dos anos a memória de trabalho, os mecanismos inibitórios e o desempenho em situações de tarefa dupla são menos eficientes. Pode-se realizar um exercício e treino das funções prejudicadas, utilizando tarefas repetitivas, sendo as mais eficaz para as alterações atencionais e de linguagem, como a leitura e a escrita. Durante a reabilitação ao realizar tarefas complexas, é importante ser capaz de dividir uma tarefa em tarefas simples e estabelecer prioridades para a execução das metas. No caso do treino das funções executivas, pode-se pensar em atividades que auxiliem na organização e planejamento das atividades da vida diária. Elaborar intervenções que contribuam para o uso adequado das funções cognitivas, instrumentalizando o comportamento psicossocial.

O treino cognitivo pode ser realizado nas seguintes funções cognitivas: atenção, memória, praxia construtiva, linguagem e funções executivas. É indicada para diversas patologias que envolvam algum prejuízo cognitivo, assim como no período pós-agudo, quando o paciente está recobrando a consciência após sofrer uma lesão cerebral. Nos programas de reabilitação é comum a utilização de diferentes técnicas, dependendo da demanda de casa indivíduo. É importante ao profissional de reabilitação estar atendo às necessidades de cada paciente, individualmente, de acordo com o contexto biopsicossocial. (Andrade et all., 2004).

É um procedimento destinados a fornecer aos pacientes um repertório comportamental necessário para resolver problemas ou para realizar tarefas que parecem difíceis ou impossíveis. É dirigido especificamente para deficiências cognitivas específicas, definidas por medidas psicométricas e se dá através de treinamento ou exercícios destinados a restaurar a habilidade cognitiva latente. A remediação cognitiva emprega componentes do treinamento cognitivo, ensinando estratégias cognitivas e utilizando as funções intactas ou fazendo uso de técnicas compensatórias.

As técnicas compensatórias não tem como meta restabelecer as habilidades cognitivas, mas favorecer um desempenho mais satisfatório de comportamentos que dependam das funções cognitivas deficientes. Ocorrem mais no nível da atividade e participação social. Podem envolver organização de tarefas ou técnicas de substituição de tarefas. Já as técnicas de substituição de tarefas envolvem a aquisição de um novo repertório de comportamento, muitas vezes utilizando auxílios externos (agendas, calendários, pagers…)

Abaixo seguem algumas dicas de jogos que podem ser usados no treino cognitivo: